Um anjo

O poema que você vai ler agora, é uma viagem ao trágico acidente das torres gêmeas em Nova York, um personagem fictício nos conta como foi uma das maiores tragédias de um país desenvolvido:

Salvo por um ato de coragem,
por uma pessoa que não me conhecia
e mesmo assim não hesitou em se arriscar por mim.
Era 11 de setembro, um prédio em chamas,
eu ali, trabalhando, quando vi que tudo estremeceu.
Um avião colidiu com o meu escritório
e muita gente desesperada correu.
O prédio abriu-se no meio,
como uma folha de papel rasgada no meio por uma caneta.
Todo mundo gritou quando o avião tudo quebrou.

Foi uma coisa horrível de se vê,
gente correndo, gritando,
clamando para sair desse pesadelo.

Muita gente se jogou de uma altura absurda, eu congelada,
não sabia o que fazer.
Fiquei parada, imóvel,
não conseguia pensar em nada.

O mundo apagou,
alguma coisa me acertou,
acordei dias depois após um coma profundo.

Disseram-me assim que levantei,
que consegui ser encontrada a tempo de ser salva,
que estava embaixo dos destroços inconsciente,
mas que um bombeiro conseguiu me salvar.

Muitos dias no hospital fizeram com que eu me recuperasse…
Mas antes de sai o anjo que me salvou veio me visitar, talvez,
para ver se seu trabalho estava acabado.