Um nome e um mistério

Eu não esperava que você voltasse.
Pra mim, era brincadeira da sua parte
quando disse que voltaria no dia seguinte.

Mas eu havia me enganado,
parece que você gostou
mesmo do meu papo, e voltou.

Disse que desta vez consumiria
algo do bar para não ser chata,
mas faria questão que eu a atendesse.

Pediu um café, e disse ao gerente
que me dispensasse por alguns minutos,
que assim, mais tranqüilos,
poderíamos conversar.

Fiquei intrigado
“Por que um homem tão maltratado chamou sua atenção?”

Perguntei o por quê de tanta satisfação em me ver,
e o que eu significava para uma mulher tão linda como você.
A resposta, imediata, veio com um quê de surpresa,
quando você disse que já me observava de espreita.

Contudo, eu mal sabia seu nome
e ela disse o mesmo.
Mas que não se importava,
porque pode até parecer careta,
mas foi paixão à primeira vista.

Depois de muito tempo,
disse que também gostava
de você e que agora
precisa voltar a ralar.

Sem antes retornar,
fui logo dizendo,
meu apelido é moreno.

E ela, entendendo o recado,
disse que voltaria mais vezes,
e que atendia pelo nome de Maria.

Conto “Caso de bar”

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Parte 1 – A musa sem nome

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