No escuro, a pupila dilata,
tudo se cala, e o ouvido encara
qualquer ruído como uma bala.
No escuro, o tato fala
e a percepção vira arma
para sobrevivência.
No escuro, não há diferença,
ninguém enxerga defeito,
só se vê com a mão.
No escuro, o absurdo não existe,
nada disso persisti na escuridão.
Somos iguais na sombra
e na sombra devemos viver,
pois nela só se observa o coração!