Insonia II

Arrepia minha pele
sossega o meu peito
envelhece meu corpo
desfigura o meu rosto
e alegra o meu leito

Afaga os meus cabelos
aperta o meu seio

Me faz suar em sonho te amar
me faz sentir o que parece mentira surgir
me enlaça me caça que quero ser sua presa
me prende que me entrego me enlouquece
que eu me interno em seus braços

Me cativa me assusta me deixa fora de conduta
me faz perder os sentidos morrer de desejo vivo
me apedreja de prazeres e nas paredes me encosta
nas encontas de me fazer viver o verdadeiro querer
não deixar você não querer sequer dormir

Morrerei de insonia tortura a minha carne
que nessa altura da tempestade
eu não quero que ela pare
e o meu urro de amor que ela cale
antes que eu feche meus olhos de contentamento
nesse momento encontrei o paraíso