Vivian

Rasgue minhas cartas e minhas palavras.
Tenha de mim um ódio incontrolável,
que eu, inconsequente, medirei forças.

Não mais lhe escreverei, leia bem,
estes são meus últimos versos,
veja bem, antes de queimá-los.

Não os guarde, e não te culpes,
nao foram tuas atitudes as erradas.

Simplesmente, este é o fim
e não vou te acusar aqui
de coisas vividas.

Vivian, minha querida, não me arrependo,
compreenda, não mudaria nada…

Não nos foi um conto de fadas,
mas vivemos bons momentos,
outros não, é normal.

Segue tua vida, que eu sigo a minha
e não pensa que entrego a outras teus versos.
São teus por apropriação.

Não costumo tomar de volta presentes dados,
em outrora, tão bem cabíveis…

Foi bom enquanto durou, e tão duro
enquanto esteve rígido, mas, hoje,
nossa cama não nos aquece mais.

Não sejamos hipócritas. Dois corpos frios,
cheios de vida ainda, não têm a menor graça.

Procure outro homem que te satisfaça, que eu,
eu vou ficar com as mulheres da praça e um vinho barato.

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