Nobel da paz

Colocar-me no outro para a partir dele me entender,
tarefa fácil não é, que o ego não deixa, ou seja,
ser o outro, e abrir mãos dos meus valores, credos,
bandeiras e cores, é complexo.

Aceitar-me como ser igual, sem hierarquia,
ainda que fira meus poderes plenos,
quando me coloco sem juros ao outro
quando não lhe cobro nem o certo,
e quando não lhe julgo tão pouco o errado

Não, eu não estou sendo revolucionário,
nem hipócrita, nem tão pouco ingênuo,
apenas procuro no outro meu próprio entendimento

Uma troca sutil e tão mestra, que os simplistas de plantão,
tendem a achar que eu venho guerrear sem armas, que eu me rendo,
ou, talvez, para aqueles um pouco mais atentos, eu esteja procurando o Nobel da Paz;

Talvez, quem sabe, quando eu encontrar um ponto de equilíbrio na minha existência confusa,
quem sabe eu não me iluda com meras estatuetas colecionadas à mesa, mas um pouco mais de valor,
n’alma que, desculpem-me, pare antes que me enlouqueça

2 comentários sobre “Nobel da paz

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