Desconhecido

O desconhecido é saudável.
A esperança brinca com a expectativa
de que você, meu querido, muito mais que isso,
mero esperar, seja realmente vivido

E mesmo assim te quero,
– sem te conhecer por completo –
E mesmo assim te quero,
– mesmo sem motivo para o querer –

Quem me dera assim dizer, que a aposta
– a nota de confiança que bati na mesa –
Quem dera ela me desse certeza do que desejo

Mas mesmo assim eu almejo
que as notas que joguei
me deem a vitória

A glória de ter vencido o medo,
o simples bloqueio de ser feliz
desde o primeiro dia

*Adbeel

Atemporal

As nossas ideias escorrem entre os dedos
que de todo jeito manipulam instrumento que escreve
não precisa ser lápis, nem caneta, nem giz de cera na caixa
são simplesmente nossas mentes que borbulham
e ascendem para acender a fagulha dos nossos pensamentos

Aos iguais – em verso e prosa – sem poesia ou com –
– condem as rimas ou não! – somos todos parentes da ficção em algum momento.
Transmitimos o que nos chega n’alma – talvez na calma ou na agitação!

É o viés que temos,
pois pela sorte do mundo em que vivemos
podemos semear devoção,
àquilo que todos nós reverenciados, as palavras!

E a elas nós damos força
ao atingir rapaz ou moça
que nos lendo, emocionam-se,
cada um a seu modo

Companheiros, – traduzindo nossos sentidos –
sentiremo-nos imortais, perpétuos em nossos escritos,
estaremos sempre vivos para demonstrar que, por aquilo que acredito
– as palavras, meus amigos – os nossos gritos escritos de pacificação
são atemporais.

*Para a Academia IFFense de Letras