Sexo Frágil

Sexo frágil contra a brutalidade,
violência covarde, sexo frágil, que nada!
Espírito torto que da agressividade
acha que vai sair a verdade da evolução!

Homem, sem esse estereótipo
que se for homem mesmo não bate.
Ora, que mulher também sabe agredir-se

Pensa que a hipocrisia não quebra no nosso nariz,
não machuca nos olhos, e não dilata nosso corpo
em defesa daquilo que é puramente humano:
Instinto de proteção?

Ora, que diga pra mim, fundamentalmente,
– Homem, que homem, covarde!
Fazer da mulher saco de pancada, pura maldade?

Ora, que digam o quanto quiserem
mas mulheres, cá comigo, não me venham
chorar as mazelas das suas loucuras de amor!

Que apanham caladas, pensando na família,
que não querem atrapalhar a criação dos filhos
e tão pouco um casamento armado,
que já não caminha bem pra ninguém,
servindo apenas de fachada social

Ora mulheres, que tolas mulheres,
esse amor doente que vocês dizem ter
não vai consertar um animal enjaulado
não vai amenizar o leão necessitado
das gandaias, das floretas de outras mulheres

Ora que amor é esse, me digam, por favor,
que eu tento, mas não consigo entender:
Como um soco no rosto, um tapa no ego,
como uma bofetada na sua autoestima,
ora, digam, expliquem como isso rima com amor?!

O amor das coisas

Não é por pena, nem por caridade
meu bem, eu te amo de verdade
e não aceito essa dualidade
entre o bem e o mau

Eu não admito mais esse vício ancestral
de certo e errado, luz e escuridão
Eu vim para romper qualquer juízo de valor
que já não possui valor algum

É tempo do amor das coisas
e não das coisas entre o amor e ódio
É tempo de amor ao próximo
e não de ser próximo do amor

É preciso chegar mais perto da perfeição
é hora de darmos o passo da evolução
e de acertar o caminho em vez de andarmos
sozinhos na contramão

É tempo do amor das coisas
e não das coisas do amor
É tempo do amor das coisas
e não das coisas do amor