Quero puxar na memória todos os momentos bons que passamos,
o que nos foi, a cada dia, tão bem construído para tornar tudo sólido;
Quero retomar todos os sonhos lá do começo do ano que tão difíceis
com você foram tão simples e fáceis, nem um tanto quanto árduo
Quero retomar aquela certeza e aquela energia forte que nos unia
e que tem estado entre os meus dedos escapando, e eu aqui,
tentando e tentando te segurar, – como quem sabe que não deve — ,
não se leve de mim –, eu sei que você precisa ficar um pouco mais –
e eu não sei mais se sou capaz de investir…
Como quem amassa bola de papel e joga
assim feito um cordel mal feito que eu desisti de escrever
As minhas forças já estão se esgotando,
as minhas mãos andam escorregando, em um desgaste do destino,
do tempo que se fez ajudante, e que agora, eu arrogante, confuso
e confidente, não sei como agir;
Mas a poesia, energia tranquilizante, por mais que seja conflitante,
angustiante e duvidosa, não sai de mim….