Quimera dos descrentes

Eu que compunha sozinho
quero romper esse vazio
e escrever com você
coisas que só a alma pode dizer

Eu que versava o frio e a dor
sem saber, o amor me chamou
e dada a mão, a esta canção
só o resta o refrão dos amantes

Que delirante essa companhia
chegando na hora certa,
quimera dos descrentes,
é, a gente provou de um sentimento
mais que convincente…

Cessar fogo

Recusem as armas em punho,
joguem as armas ao chão,
não aceitem, meus irmãos,
mirar na vida do outro,
acabar com o sonho do outro
de voltar para a própria vida,
de voltar cada um pra sua paixão

Não aceitem mais derramar sangue,
não admitam, por favor, esse joguete,
pensem na vida de vocês, cada um
com a culpa de uma partida desnecessária

Não eliminem mais uma razão de amor,
não se entreguem à insanidade cruel…
Chega, meus queridos, desse sofrimento
completamente sem sentido

Desarmem-se desta loucura,
abaixem as armas da morte,
tenham piedade do amigo hipnotizado
para ser inimigo alucinado de nós mesmos

Cessem o fogo do ódio enquanto há tempo
e um coração batendo no peito de cada um…