Cartada

Está proibido
de se despir de pudor,
eu não quero mais

Essa sua atitude de solteiro,
solto aos prazeres, chega
agora é comigo…

Eu sei que esse fogo não acaba,
coisa de gente quente,
testada pela vida.

Sou carta curinga
que vence o jogo,
sei que você não é bobo

Me escolheu porque temos
a mesma sintonia,
apetite que não sacia

Finge que não sabia que era amor,
mas nas entrelinhas a gente entende,
que de inocente você não tem nada

Mas de vez em quando ser sonso
pode ser bem convincente,
uma alternativa de sedução

Eu também cansei de aventuras,
de não ter um caso firme,
mesmo que não seja cotidiano e metódico,
podemos construir o nosso próprio jogo
sem azar na partida

Não precisamos perder a emoção,
a volúpia que nos envolve,
que nos deixa em transe
com tantos caras diferentes

Mas chegou a hora de demonstrar
as nossas muitas caras para o mesmo cara,
ficar cara a cara com um só
para sermos muitos nós,
sem nenhuma amarra

 

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