Preserva
quem te inspira,
respira a alma,
arrisca a solidão
viver a confusão
Aduba o prazer
cultiva a vida curta
pula nua, se desejar
Investiga o que te faz bem,
não precisa da benção, amém!
viva sem permissão pra tudo
seja sua, dele, dela, fruto
Nem canta, nem dança,
o colorido do romance
não te cai, nem valoriza
Risca as idealizações,
apetite do que planeja,
seja, apenas, ceda sempre
as sedes do coração
Sede das contradições,
experimenta fora do posto,
inventa o seu próprio gosto
Viva a palavra nova,
o sentir é um futuro
que já foi o passado
de alguém
Cria a tua própria poesia,
chora tua própria aurora,
arrepia-se do que não se sabe,
monta a tua própria ceita
incendeia outras partes,
faça arte além da carne,
além do coração
Busca o teu próprio
ponto de fusão,
demarca onde você sentir
é ali que a vida começa
pra cada um, um devir