Seu olhar é uma graça
que o meu olhar contempla
menino, não sei o que se passa,
mas já não sei mais fazer poema
Não com a delicadeza
que o seu rosto me solicita,
sei que sou poeta, mas seu corpo
é de artista
Dessas formas que a gente não traduz,
só teoriza, desse jeito com muita ou pouca luz,
desestabiliza
Não sei se a palavra é suficiente pra você,
se o meu sentir está pulsando manso no peito,
sentimento gostoso, um dengo, carícia d’alma
com respeito
Daqueles que olham o belo
e ao belo cultuam,
daqueles que olham o belo
e depois do belo,
tudo muda