De longe eu vim,
já fui aristocrata,
já fui o estopim,
no passado, já fui querubim,
tropecei na vida, e desci
Já reencarnei escravocrata,
até mesmo a senzala, açoita-me;
já fui mulher vendida,
eu já puni nas minhas memórias
embaralhadas
Eu já vendi de frutas a furtos,
renasci, amei poucas mulheres,
mesmo rapazes, quando não escondi;
aos meus ombros, o verme dos vulgares,
já fui cálice, matei na ditadura,
fui do céu ao mais cruel das agruras,
antes de te ditar canduras para refrescar o espírito,
antes de te ditar os velhos mitos da vida,
ser seu mentor, eu vivi
E que propriedade você tem de ser ponte,
entre o que eu fui e hoje o que você é;
quanta credibilidade nessa experiência terrena,
privada de coisas tão pequenas da carne,
um ser de verdade, posto à prova,
não prove nada, abençoe, acalme-se,
refaça-se, seu interior;
interior, seu melhor, o melhor termo,
sem escalas de ser