Não deixe que te façam acreditar
não merecer tudo o que tem,
a felicidade que habita em ti
não provém de ninguém
Não deixe que te façam acreditar
na desvalia do ser,
no ato diminutivo de grande existir,
confunda-os, não se confunda com eles
Que a tua grandiosa fonte ainda é vasta,
não se gasta com pequenas castas de seres impuros,
cria teus muros, não se resgata os impuros,
cada um se transforma naquilo que quer
Saiba das tuas verdades, ciente de teu longo progresso,
reverso daquilo que foi o ontem, pronto a ressoar o amanhã,
é vã a ilusão de corrigir o todo,
é pouco o que te dão na mão
Diga não a todo o resto,
é verbo o principal
é ato o fundamento
momento precípuo,
viva, a vida é só instrumento
Cale-se no momento certo,
sê reto, probo e leal
é real o poema, não o verso;
a rima é o adorno da arte,
Arde e queima a tua insciência,
entre o núcleo e a Terra,
e o condutor do destino,
há meras experiências