(T)EU

(T)EU
sem meios termos,
sendo bem terno,
não temo, os erros,
nem tremo de êxtase aos acertos tolos,
toldos da vaidade

(T)EU
tarde da noite,
tento, acima de tudo,
ter o que se espera de um poeta a todo momento,
– tempo sublime –
tido por mim como
terço de poesia

(T)EU,
todavia, espero que não
troquem os meus versos sinceros por
três ou quatro interpretações sem sentido,
tentativas infelizes de me decifrar

(T)EU,
Terminei os rascunhos da minha vida enquanto
trocavam-se em meus olhos, lágrimas,
tocavam em meus sentimentos com farpas que a música
não traduz mais

(T)EU,
Transcrevi para outro papel a minha decisão de viver bem,
transcendi como ninguém o sofrimento da matéria para jogar, à vera, e
transfigurar para primavera, todas as estações do ano

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