A roda do seu carro passou pela minha cabeça abriu num mar de sangue,
você não viu.
Meu crânio abriu em mil,
você não viu.
Fraturou minha mão, meu dedo caiu,
e você, mais uma vez, não viu.
Meu sangue jorrou,
um rio na rua se formou,
mas você não me olhou,
me atropelou, passou por cima de mim,
passou no sinal e sumiu
deixando-me ali a agonizar de dor.