Algum lugar vago em minha alma, 19 de maio de 2010
Querido,
Infelizmente seus olhos cheios de amor e doçura que tenho visto durante todos esses anos faleceram hoje. Desculpe-me dar esta notícia assim tão drasticamente, mas estava presa aqui dento há tanto tempo que tive medo que apodrecesse em meu coração sofrido. Acredite, estou em luto faz muito, tentando desacreditar, desmerecer, desmoralizar essa afirmação a cada segundo. Mas não adianta, realmente partiram para um outro mundo. E esse fato me dói por demais…. Afinal, fizeram parte de meu dia a dia durante longo tempo. Esses meus amigos, agora tão distantes, estiveram, um dia, tão perto…. E agora como um baque eles voltam à minha mente em uma colocação ruim: mortos. Mortos porque perderam o valor – perderam o brilho, aquele que me acalentava – e agora só me restam dois buracos negros – vazios e sem vida – quando eu lhe contemplo.
O admirador de seus olhos fúnebres,
Jefferson de Souza