Certa noite, com um copo de vinho na mão,
no sofá, enquanto me perdia em pensamento,
e a televisão iluminava o meu vagar,
pensava em você
Sorri um sorriso simplório
com aquele ar de velório
que tanto quis me seguir
Sorvi um doce sabor de álcool
com leve presença doce, tão fraca
que quase não percebi
Olhei para a direita e minha janela fechada
escorria um choro de lua que queria me servir
desfiz as minhas pernas cruzadas
andei para a sacada e lhe vi
Debruçado em meio ao meu silencio
contemplando a lua ao relento
senti doce vento, que segurando
meu copo por entre os dedos, bebi
Consumi então você
que no meu coração se fez brasa
e na junção dessas palavras
eu perdi