Da arte de Clarice Lispector sou um ignorante,
por Augusto dos Anjos peço apenas o sobrenome
para me ajudar em tarefa tão dificil!
Em comum a Vinícus, tenho apenas lágrimas e o encanto sincero das palavras
Seiberlich, Seiberlich!
Quão dificil pronunciar!
Sobrenome-trava-língua
É mais simples por Eva chamar
Que entenda, minha querida,
que essa minha vida não é fácil de viver
Mas que complexo seria o mundo
se não muitas – e muitos – como você
Mestra da escrita, que ironia minha lhe escrever
quem seria eu, aluno sem rumo, senão fosse
orientação vinda de você?
Que seria da poesia, sem palavra
Do saber sem entendimento em aprender
Do ser sem o tempo em amar,da lua sem o anoitecer em sonhar?
Que me açoite as palavras erradas,
Das rimas fragmentadas e do meu lirísmo infantil
Sou menino que fulgura poesia nas mãos
Assombrando a imortal sociedade dos poetas mortos
Se eu não melhorar a minha arte juvenil
Sem professor não se difunde o saber
sem filósofo não se questiona o mundo
sem você, que pobreza o escrever!
Esse dom das técnicas pode ser domado
Mas se não for pelo coração aberto,
senão for dito o que não se diz por perto
não tem um porquê
Assim eu agradeço, e felicito-me por você
pois além de lhe escrever, descobri algo
que ao professor de literatura não deve faltar
Não é título de mestre, tão pouco obras a publicar
é a recompensa justa de unir nessa homenagem muda
o coração aberto e os versos a recitar…
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Para a amiga, professora, poetisa em sua arte de ensinar Língua Portuguesa e a literatura, dedico versos a quem ensina versos…
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*Com revisão e adaptação finais de Pablo Rezende.
Obrigada, Jeferson, pelo poema lindo.!