Analogia do prazer

Somos como rios violentos
de correntesa forte a nos puxar
somos o vem e vai das marés violentas
a quebrar na pedra do prazer

Somos o rosto suado que se refresca,
de joelhos, desesperado, procurando se refazer
somos os olhos espantados, arregalados
quando encontramos oásis no deserto

Somos, sobretudo, todas as analogias, juntos
quando estamos próximos, colados pela paixão

Somos o fogo, a lava quente, que derrete o gelo,
e, incansavelmente, evapora e exala o elixir da vida
Somos a madeira da fornalha, que queima,
com vontade o alimento que nos saciará

E quando as ideologias desse poema
você começar a entender, sinto lhe dizer,
que o prazer cessou…

Resta-nos dois corpos desfalecidos
sem condição de nos reerguer,
então nos resta apenas beijos suaves
e palavras mansas para adormecer

3 comentários sobre “Analogia do prazer

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