Enquanto uns vão, outros voltam
a vida tem dessas viagens
Pessoas que pegam o expresso da ingratidão
partem sem remorso, sem deixar pistas,
mas, na contramão, vem caminhando devagar
um amigo que se perdeu alguns anos atrás
Não sei se choro pelo que partiu,
ou se sorrio ao que retornou,
ou os dois: Se choro rindo
para que o antigo-novo amigo me console
Então, eu fico aqui, sem respostas pela partida de um,
mas sem fazer perguntas ao que voltou, simplesmente,
absolutamente, aceitando-o de volta sem querer saber de mais nada
Talvez, quem hoje se foi, volte nos anos seguintes,
quando eu tiver ido e vindo aos abraços de outros amigos…
Nessa roda das amizades, alguns deixam a vaga,
para que minha alma vaga, aprenda a não depender,
a não deixar de viver do jeito que nasci, sozinho.
Nessa roda das amizades, outros tomam os lugares,
sorriem a mim, emocionam-se e partem também,
para me confirmar algumas verdades:
Apesar da dor de não ter explicações,
a dor das partidas têm me feito pensar…
Não critico a vida ou me revolto,
mas aceito as viagens dos meus irmãos
Pois tenho certeza que fiz o que pude,
caminhei com atitude, e minha mente,
não mais me pune por falsas culpas,
porque a minha conduta foi a de sempre dar benção…
As emoções ao criar um poema desses deve ter sido incríveis. Um bom trabalho você fez, parabéns.