Nota de esclarecimento

Caros leitores,

Primeiramente, seja bem-vindo mais uma vez ao site Poeta Diferente. É muito gratificante para mim a sua presença e a sua leitura, mas hoje não é um texto poético. Não é um texto que consagrou essa marca como uma das de maior sucesso na internet quando se fala de literatura amadora. Sim, amadora.

O site Poeta Diferente surgiu em julho de 2007, ainda sobre os servidores gratuitos da WordPress.com, e lá se manteve até a primeira quinzena de agosto de 2011. Mas foi lá, naquele espaço despreocupado e despretensioso que o conteúdo desse endereço ganhou não a fama, mas o reconhecimento e o carinho dos companheiros de internet, de leitores desavisados que se fidelizaram e o apreço da comunidade escolar que atualmente começa a se preparar para receber o Poeta Diferente sem tê-lo visitado.

Calma, eu explico: Esse respeito que o site adquiriu  durante estes anos na via eletrônica não condizia com o apreço das pessoas que me cercavam. Simplesmente porque eu não o divulgava. Mas daqui e dali, eu mostrava alguns poemas. As pessoas se admiravam, ficavam surpresas, riam e, algumas vezes, emocionavam-se.  Por esses motivos, sempre fui incentivado a lançar um livro, mas relutava nesse ponto. Sempre relutei, desde 2008, quando esses pedidos começaram a fica insistentes. Mas como o tempo é sábio, hoje eu resolvi aceitar a proposta. Digo “sim” ao meu primeiro livro com a certeza de estar mais preparado. De tê-lo concebido com plena segurança, de estar pronto para esse desafio.

O Poeta Diferente foi um laboratório para “O Avesso dos Ponteiros” porque foi aqui, com mais de 220 mil visitas, 800 comentários e 750 publicações que ele ganhou forma. Não apenas em virtude do papel impresso, mas do sentimento maduro que traz em suas páginas. Foi através desse diálogo com pessoas do Brasil inteiro que conheci por meio dessas páginas que em breve estará a disposição, não apenas dos seus olhos, mas também das suas mãos,  a obra”O Avesso dos Ponteiros”.

Por essa razão eu comunico a vocês o motivo pelo qual houve uma interrupção das postagens. O processo do livro é longo, e desde outubro eu tenho mergulhado nesse site como leitor crítico para selecionar dentre esse grande acervo, os poemas que irão compor o livro.

Peço a compreensão e o carinho mais uma vez para mais essa etapa. Reafirmo o meu compromisso com você, leitor, que há muito tem acreditado na minha forma simples e carinho de fazer poesia e falar da vida. Porque não há poesia se não houver sentimento, e não existe sentimento se não houver troca entre as pessoas.

Continuarei a postar novos poemas sempre que possível, e notícias sobre o andamento da publicação da obra.

 

Jefferson de Souza Gomes 
06 de dezembro de 2011 

Desafinos

As coisas têm mudado muito de uns tempos pra cá
e assim, não dá pra negar que a vida me faz repensar tudo que vivo
Seja do passado ainda vivo, do presente vivo, do futuro que vivo na ansia de chegar

Os pensamentos tentam dialogar durante as etapas,
mas o tempo, moeda cara, não me deixa esquecer
que todas as chances que tive para resolver os conflitos
convivo na incerteza de concluí-los

E as sábias palavras não me dizem nada
quando se vive as farsas, quando caem as máscaras
e mesmo assim não se obtém as armas

Tudo se tenta, outras vias, quem aguenta?
Errar uma, tente de novo
Errar duas, de novo
Errar três, cansaço
Errar quatro, desfaço a previsão

Insisto em cantar a canção sem o tom
e nas desafinações vindas,
o meu mundo ainda não aprendeu
que enquanto eu não fechar ciclos em aberto
estarei certo das imperfeições

De ser artista observador do mundo
que age ao mundo com o pensamento
mas na prática, nem todas as palavras
encaixam-se perfeitamente.