Será que eu poderia escrever pra você?
Será que você me concederia esse direito?
Será que você me permitiria dizer
o que me vem à mente, será realmente?
Devo mesmo te contar tudo o que sinto?
Ou será que escondo? Ou será que omito?
Devo mesmo te confessar o meu íntimo?
Ou será que você ficará tímido?
Será que eu digo o quanto você é especial?
Ou será que devo passar isso de outra forma?
Será que eu deveria mesmo jogar as cartas na mesa?
Ou será que você não me viraria a mesa do sentimento?
Será que eu digo que seria bom se você fosse meu parente?
Ou será que não? Seria melhor que você fosse mesmo meu amor?
Ou será que isso é paixão? Será que é platônica? Será que é séria?
Ou seria só mais uma invenção do meu coração?
Será que você sabe que eu gosto mesmo de você?
Ou será que você concorda só pra dizer “sim”?
Ou será que você tem é medo de me dizer “não”?
Será que você sabe o que vai em meu coração?
Ou será que você volta pra casa com essa dúvida?
Será que eu duvido do meu coração?
Ou será que ele está certo, e não a minha razão?
Será que você sabe que esse poema é pra você?
Ou será que vou ter que transformar isso em canção?
Será que você vai ouvir, ou vai trocar de música?
Ou será que vai decorar e cantarolar sem som?
Ou será que vai me amar como um refrão?
Ou será? Será que será?
Ou será que seria diferente
se eu te dissesse frente a frente?
Ou será que é melhor mesmo todos esses versos?
Será que você vai entender, será que vai gostar?
Ou será que eu devo parar de divagar?
Ou será que eu devo continuar me questionando
se o que eu sinto é realmente verdadeiro?
Ou será que eu enlouqueci por você?
Quando será que eu vou perceber
que todas essas dúvidas não têm sentido?
Se é o que estou sentindo de fato,
se é uma resposta cheia de interrogação?