Para Ana Poltronieri pelos seus 50 anos de vida – Professora do curso de Licenciatura em Letras/Literaturas do Instituto Federal Fluminense – Entre a pausa do quarto semestre para conclusão de Administração/EaD
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E a gente trocou a sala de aula pelos corredores,
pelas presenças em eventos, pelo olá rapidinho,
trocamos a convivência diária futura
por breves encontros corriqueiros
Um poema aqui, um verso lá
a gente se conhece e se descobre
quase sem se falar
Virtual só pra quem não sente o que a gente compreende:
que o dia a dia é de fato aniversariante porque na etimologia
é o que se repete todos os anos, mas esse dia é diferente pra você…
Entre os riscos e a beleza do cotidiano,
todos nós ficamos, um dia, cansados dos desenganos
e, como saída, o poema: Sempre nos conectando…
Bem-aventurada seja sempre cada nova estrofe, sua quinta.
Felicidade sempre desde o verso zero, ainda virão nove antes de mudar:
Assim a é vida retratada, tão breve, tão ligeira
ainda a ser aproveitada…
Não há de ser mera impressão
se a sua sensibilidade encontrar com a minha
na contramão
Mais perto de uma nova vida do que da morte,
cabe ao poema eternizá-la por pura sorte
porque não traduz nem o mínimo da relação humana…
Pra quem pensava que eu conhecia pouco
pra quem lê e pra quem escreve:
habilidade com palavras, charada:
(Si[lê]n[cio)na]
[ins(e)screve]
(mono)grafia
de inúmeras teses