Eu
sou o cara
da piada pronta
do raciocínio rápido
do humor do improviso
e do ato imprevisto
Eu
sou o cara que não procura,
mas se acha a cena certa,
acerta e vai em frente
com coragem e de peito aberto
aquele que não mente
Eu
sou o cara que observa
sou mera leva daqueles que se importam,
assumo a culpa daquilo não feito,
desse jeito que mata no peito o problema,
o lema da coragem, que dá a cara, as duas faces
Eu
sou a fase que segura a oportunidade,
fruto da confiança na espiritualidade,
aquele que abre caminho, fortalece o próximo
o lógico que encurta o problema,
e resolve
Eu
sou o abraço inesperado,
a outra cara da moeda que vira
no tapa que a vida dá no pulso
Eu
sou o impulso do que será o amanhã,
sou o divã do passado, o silêncio que responde,
sou o bonde esquecido, o mais charmoso coletivo,
não deixou o sorriso antigo ser morto,
o representante dos esquecidos sem voz
Eu
sou aquele que desamarra mais nós
que as orações sem atitude,
o fugitivo das escrituras inúteis,
a ação que desilude e desperta,
a peça que ninguém toca
Eu
sou o medo da mudança,
aquele que toma a frente,
o primeiro dos loucos
que todos depois seguem
Eu
sou a Dimensão que se expande, o big-bang,
aquele que tomou ciência da amplitude de ser
Eu