Eu sou a luz,
o que não se vê,
aquilo que tem fluidez
Eu sou o livre ser,
não sei ser matéria,
que me perdoe o invólucro
meu material não cabe aqui
Sou sim, antes de tudo,
o vazio do nada, o imaterial
que escapa sem dar ciência
para a ciência, o que ainda será,
o não aberto…
O descoberto em parte
com uma pequena parcela
do verbo sentir
Que se modifica e se intensifica,
ademais, o que se pode dizer?
Não sou aquele que se pode dizer
sobre o hoje do ontem e do amanhã
dessa vida…
Eu sou luz que se encaminha
para o escuro de pequenos nós do tempo,
ainda que me sinta só no espaço,
no espaço-tempo, sou o que ainda não veio
a canto nenhum do pensar
pois, a própria energia,
do primeiro ser,
não se sabe
decodificar