Hoje eu tentei fazer diferente,
tentei te olhar nos olhos,
tentei entender o que você sente,
tentei pesquisar o que incomoda,
tentei ser a falta que você supria,
tentei ser flauta com maresia
Hoje eu tentei perceber seu mundo,
enxergar o absurdo que você me via,
eu tentei ser via, ter serventia,
ser funcionário público
Tentei olhar para as mazelas mais complexas,
eu entendi o que você dizia, porque agia.
Eu tentei ser nostalgia, tentei ouvir mais,
aproveitar mais das suas memórias.
Tentei ser hora, na hora certa,
tentei falar o que você não entendia,
eu tentei ser mais do que eu podia,
e isso, me encorajaria.
Eu tentei ser melhor,
ser mais de mim,
tentei assim, sua companhia.
Tentei não rir, e não ser sério demais.
Tentei ter paz, ser calmaria,
tentei não ver minha luta como a primazia,
tentei a conduta da alquimia.
Tentei ver o melhor onde ninguém via,
tentei acreditar quando já era, ninguém fazia.
Tentei apostar com ousadia, e te seguir em frente.
tentei acreditar, ser gente, tentei ser profundo na agonia
Tentei o problema que ninguém resolvia,
e não julgar, quando meio mundo já desistia.
Tentei cuidar daquele que eu não conhecia,
e ver mais: a frente do que se via.
Tentei alcançar de volta o que eu tinha,
a esperança na monotonia
Tentei apaixonar pelo que eu fazia,
e entregar bem mais do que suor.
Tentei o melhor, sem fantasia,
fui adiante, como eu queria.
E te digo: mais eu gostaria.
E se fiz o certo, você diria
muitas críticas para a alma minha,
mas, não tenha dúvida que eu poderia,
ficar só nesses irias
Fiz tudo, não tenha dúvida,
entreguei a minha alma, em alegria.
Quem me conheceria, um dia,
pelos corredores, não imaginaria
a saudade que eu fiz em poesia.
E se eu te escreveria?
Só pra confirmar o que já se sabia,
eu tentei, tentei e não nego,
de novo, e de novo, e de novo,
eu tentaria.