Pequena derrota

Lá fora a chuva cai, a noite vai e eu aqui
lá fora o vento sopra, o soluço me sufoca
a respiração acelera e não há espera
as lágrimas rolam sem cessar

Da janela vejo que um céu sombrio
nesse dia frio, nada no lugar
meu coração partido sofre calado
acho prudente que o pranto
desarme o encanto de amar a pessoa errada

Sento no sofá deixando pelo chão
as marcas da solidão que há pouco
veio me visitar

Não posso abater-me
mas não é justo sorrir
ao sofrer, como não se pode
impedir o dia de amanhecer

Interrogo ao espelho
o que eu deveria ter feito
para que ele não partisse
e dilacerasse meu coração

O choro incontrolável
carregado de emoção
e ódio pelo desprezo
não me deixou dormir

Mas sei que de tudo
o que me resta
ainda há uma réstia
de amor pra dar

para um novo amor
pois tenho certeza
que isso não me faltará

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.