Felipe Ferreira

Talvez a distância e o tempo tenham apagado da minha memória
as marcas da sua fisionomia, o que você aprecia e o que não gosta

Ah! o tempo tão cruel e ao mesmo tempo
tão gostoso de rever, seu sorriso
seu abraço amigo, seu carinho

Ah! tempo maldito que se arrasta
e que aos poucos mata tudo o que eu registrei
as falhas de memória não me deixam mentir
que já não te vejo o mesmo menino que há tempos eu vi

Hoje só restam frangmentos, clarões que a todo momento
eu vejo surgir: e nesses pedaços da história eu vejo
muito mais do que apenas uma história e sim uma glória

Porque mesmo que o tempo passe,
a mente falhe e eu não me recorde
serei feliz apenas por ter tido a sorte
de ter te conhecido

*Para Felipe Ferreira, Rio das Ostras, um grande amigo que o tempo separou através da distância, mas mesmo isso não foi suficiente para tirá-lo da minha vida.