Envenenamento

Vem-me à veia seu sangue, seu suor
Vem-me à veia quando lhe beijo,
uma onda à garganta, um nó

E na tentativa incerta de acertar o seu ritmo
vem-me à mente seu coração em um grito
que sinto silencioso quando lhe beijo
a nadar num doce rio vivo

Entre desejos e corações desequilibrados
um abraço não tem condição, são mãos e pernas
tremulas a apalpar sem distinção

E quando vejo somos perdidos
e perdidos nos queremos
entregamo-nos um a outro
outro dia não mais teremos
é uma descoberta única a que temos
na próxima não será tão intensa

Descobriremos novas coisas
mas esse mesmo extase jamais
repetiremos, a descoberta fulgaz
o fulgoso veneno que de trocas mútuas
envenenamento

Amor simultâneo

E quando emitimos energias boas
E damos ao pensamento vazão
E transmitimos às pessoas certas
nossos sentimentos mais sinceros
somos recompensados

Quando digo que te amo
amo mesmo, não engano
e quando digo que vivo
e vivo mesmo em paz com você
não há quem possa me convencer
de que você, amigo que é,
quer meu mau

Pois que ao lhe mandar energias positivas
e idas de meu coração, há uma troca
sendo que recebo de ti novas vibrações
e esse ciclo se renova para o bem
sempre para o bem,
porque o amor entre eu e você existe
e os momentos em que ele reinou serão
inesquecíveis