Eu sempre serei rídiculo para o meu espelho,
e infantil para o meu eu de amanhã, talvez até convencido.
Serei ingênuo com certeza.
O meu eu de amanhã sempre zombará de mim
até por essa petulância de tentar advinhar coisas de amanhã
E ele sempre lembrará como eu me sentia extremamente certo das coisas,
quando tudo estava errado, e eu não via, apenas com os olhos de amanhã
Então, ele vai lembrar das minhas palavras ditas erradas na infância
e de como eu era rídiculo esperando a menina passar
Claro, vai gargalhar lembrando como foi comico o primeiro olhar
e mais adiante, como foi natural relatar a ela esse dia, e ouvir dela a mesma coisa
Porque o meu eu de amanhã, vai olhar os meus futuros filhos brincando
e sentir saudades do passado correto, por mais que os meus pais disessem
que o tempo deles é que foram bons
E o meu eu do futuro talvez se surpreenda
quando perceber que concorda com ele mesmo,
do passado