Bem-vindo

Vou deixar aqui guardado no peito
o que de fato quero dizer
mas vou registrar aqui em versos
uma ínfima parte do que sinto

Porque o peito explode de tão quente
sinto meu coração acelerado de contente
como se pudesse pular ao seu encontro

Tem me apertado a carne a palpitar
em um sentir indescrítivel

Dada a certeza de que sabendo do que sei
seu sentimento também é recíproco
você também quer continuar…

Dada a confirmação do que sentimos
é mais do que entrega, nos jogamos;
Sem reservas, acreditamos que fosse possível
transformar tudo que fosse nosso sonho em algo vivo

Por isso o coração desperta, e eu sinto
feito brasa a queimar aqui dentro

Como se quisesse dizer que apesar de muito tempo dormindo
ele acabou de acordar e grita: Bem-vindo!

Finados

Hoje eu morro é de saudades,
é de amores e de vontades,
hoje eu parto para o abraço
para uma nova chance de felicidade

Eu quero ir para o outro lado, da alegria
morrer é de nostalgia de um tempo bom
faleço é para a agonia do compromisso
de fazer sala àquele que não é bem vindo
E ando tendo essa postura feito crença
que nem em missa de sétimo dia eu padeça
nem me esqueça de amar

A única morte que eu saúdo é o finado de um luto
das minhas barreiras próprias de achar que a morte
é a primeira hora para se entristecer

Eu enterro é essa crença de achar que o coração
quando para de bater, tende a desmerecer
tanta vida, tanto amor, tanto calor
que eu vi e vivi a me aquecer