Multipovo

Quando o silêncio reinar no lugar da dúdiva, e nenhuma arma for levantada,
nem mesmo uma palavra mal-criada for proferida, estaremos apenas no começo;
No príncipio de entender que a dor do outro, causa a dor de um terceiro,
e a dor do quarto pode voltar a bater no primeiro…

Quando uma lágrima não for colhida por uma mão
que não seca a própria água de sentimento,
essa negligência tem seu custo, tem seu preço

Quando a prece vazia ganhar sinônimo de apreço verdadeiro,
aí todas as crenças sem ou com cruz terão sentido no amor
sentimento que na palavra não basta, é no ato que se sente…

São de fatos que se nascem sentimentos, não basta nutrir
dentro do peito, não basta guardar no coração,
quando todas as vocações estiverem voltadas,
quando todas as falas fizerem sentido no ato
será uma questão de paz interior

Sintoma de dever cumprido, a chamada paz de espírito,
mesmo para aqueles que não acreditam…
Então outro nome: Conforto pela vida

Desejo de muitos, perseguição de tantos,
mesmo que de boa intenção, mas ainda há erro,
nas milhares de crenças ainda falta respeito

Ah, como seria bom se todos nos déssemos conta
de que não importa o quanto se vive, ainda é preciso aprender,
ter essa compreensão que qualquer convicção não nos torna
melhor, nem superior, nem pior e nem inferior aos outros

Que somos um grande multipovo de muitas línguas,
muitas peles, muitos jeitos, que somos um grande povo
que sofre, que ri, que espera, e que age,
somos um grande multipovo de diversidade
precisando fazer parte cada um mais de si…

2 comentários sobre “Multipovo

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