Aventureiro das Letras

Eu tenho recebido o toque das artes,
a música que embala o meu coração,
essa sublimação, onde a alma desperta;

Acorda alma minha, acabou o descanso,
até descalço, não que seja um descaso,
eu entro em sintonia com o que vem guardado.

Eu que me julgava um frasco quebrado
tenho me juntado no perfume que fica no ar.
Na melodia, no verso arremesso o que subiu,
a dita espiritual hoje canta pra subir
– e subiu, e tomou o controle do meu destino

E nos olhos, a janela está aberta,
as portas, qualquer que seja a fresta…

Agora a minha vida adormecida
deixou o lado ancião morrer,
a criança quer crescer pé ante pé,
passo por passo quer escalar
a brincadeira de escrever

E vai ficar o sonho, de quando for gente grande,
um pouco mais velho – o corpo, não a mente –
que esta última queira viver o sonho
de transformar a brincadeira num esporte,
aventureiro das letras