Tem alguma coisa aqui dentro se agitando,
que incomoda, que desloca, que não se aquieta.
Sou inquieta, penso sem palavra, sem pronúncia…
O silêncio conforta, acalenta, sou louca
pela minha mente briguenta que na maioria das vezes
cala a minha boca, a minha mão, qualquer vão de expressão
E eu ainda quero entender o que é a arte
um diálogo com o mais profundo em mim
antes de falar do outro
Que sentir é esse que provoca
o enigma maior do eu, dos nós,
que nó é esse que não desata,
sem brecha nenhuma para o desenrolar,
sufoca, convoca a novas tentativas,
mas não me liberta, não sai de mim
E nunca vai sair…
Há quem diga: cena
outros: sina
Eu: sento e me conheço
sem me conhecer
escrevo