Aos sensíveis ao espírito

Os sensíveis ao espírito
serão os mais atingidos
pela onda de ódio,
pelo grito dos revoltados,
sucumbidos pela ignorância,
atrevida e alienada

Os sensíveis ao espírito
travarão uma batalha
concorrente aos justiceiros,
aos descabidos

Aos sensíveis ao espírito
muito rigor no cento,
no que for bendito,
terão, então, a cabeça no lugar
os felizes companheiros,
adormecidos

Que espanto para a alma
acordar veementemente,
colocados à prova a honra,
pelos irados incompreendidos

Não se assustem companheiros,
meus irmãos mediúnicos,
esse clima de terror
não é culpa dos imundos

É você, que tomado pelos inoportunos,
cai na armadilha, da negativa,
descaso, e não raro, adentram energias,
aos moribundos

Não tema, companheiro constrangido,
se não entende que esses atos,
no final dos fatos, libertarão, quem sabe,
os mais astutos

Turbulência bem pensada,
de tempos em tempos necessária,
causa primária da evolução

Pelo sim ou pelo não,
aos sensíveis do espírito,
proteção

Moço bonito

Moço bonito
de outros caminhos,
de outros ritos,
de outros rumos,
moço bonito
o que tem ego,
o que tem estima,
alta rima que mereces,
ó, moço bonito
que sabes o que tens,
e o que não tens,
teus fracos pontos fortes,
para ti os holofotes,
a atenção firme,
vives, moço bonito,
bem dito encontro,
bendita rima própria,
impróprio, paro aqui;
o primeiro poema que mereces