Game Over

Do que adiantou todo aquele nervosismo
o que resolveu todo aquele stress
de nada, nada ajudou a gritaria
você nada conquistou com sua mentira.

Falsidade não adiantou
mentira não adiantou
gritos, chutes, palavrões não adiantam mais
mais nada, nada disso
nessa não caio mais.

Os berros não te levarão a nada
não, comigo, não mais
Sem medo, sem remorso
já chega dessa tortura
ela não mais me segura.

Ponha-se no seu lugar
seu joguinho já acabou
agora começará o meu.

Começará a minha chantagem,
o meu deboche,
agora quem manipula sou eu.

O jogo mudou
a mesa virou
quem dá as regras sou eu.

Quem dita as regras não é mais você,
quem xinga não é mais você,
sou eu,
eu farei com que o inferno caia sobre você
eu farei você sofrer,
o seu coração doer,
dilacerar,
rachar,
quebrar em mil,
como você fez à mim.

Vontade da indisciplina

Eu nunca fugi de uma aula
eu nunca pulei o muro da escola
Eu não gostava quando certos alunos quebravam o carro do diretor
Eu não admirava quem quebrava a janela do inspetor.

Eu nunca corri no corredor
Eu não quebrei o ventilador
Eu nunca quebrei a mesa
Eu não mexia no armário
Eu não chamava o professor de otário.

Eu sempre fui um aluno exemplar
mas bem que eu queria fazer o que todos faziam.

Bem que eu gostaria de fugir da aula
Bem que eu queria pular o muro da escola
Como eu gostaria de quebrar o carro do diretor
e também queria quebrar a janela do inspetor
Sempre quis deslizar no corredor.

Bem que eu queria quebrar o ventilador
e amassar a mesa, derrubar o armário
e chamar o professor de otário.

Depois de fazer isso tudo eu só não queria levar suspensão
e muito menos ficar para recuperação
É por isso mesmo que tudo isso só fica na imaginação.