Caso raro

Você tem sorriso nos olhos,
brilho, tem brilho no rosto
tem também leveza na boca
e tranquilidade nos atos

Você passeia pela vida,
alegria que vive personificada
que tem a alma livre, solta
ainda que ajuizada

Você é caso raro de se encontrar
réu primário nos autos do amor
a lágrima, pedido de clemência, quem dera,
legítima defesa em ato de primavera

A longa novidade que sempre surpreende,
folha desprendida da vida,
seu crime cativa,
cativeiro dos homens

Os anos parecem não passar
nessa prisão do bem quase já tão vazia
que você por um fio ainda não foi solto
já são a poucos que eu recorro

Obrigado pela prece de internos sentimentos,
já sinto a condeção do mundo,
mas você está salvo
preso às esperanças,
ainda confuso nas grades do poema

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