Matilha

Não me leve a sério,
eu não me quero sério,
sério, eu cheguei aqui pra rir,
e confundir, sou ser mistério

Sinto muito, se com você eu não tenho elo,
meu bem, minhas atitudes tão rudes,
meus passos, tão impiedosos,
eu sei que o medo está nos seus olhos,
eu sei que seus ossos estremecem em receio

Ceio a sua ansiedade com risada,
a sua praga anunciada não cola em mim,
enquanto seu santo aprendeu a retardar meu passo,
o mundo inteiro, dos deuses gregos até a macumba elétrica,
corre pra cima de mim, pra me proteger

Enquanto você me observar como aquele que deve respeito, tudo bem;
não sou ninguém melhor, o pior é você quem constrói;
não sou feroz, perto de você sei rosnar,
o medo de morder te  fez fugir, e eu, ri,
ri porque você corre em vez de me encarar.

É por isso que a matilha se convenceu
que eu sei liderar,
a alegria de contar,
a conta-gotas,
você não sabe brincar,
porque me leva,
me eleva – sério –
me leva a sério.

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