Eu me pego pensando em você a qualquer momento, mesmo estando longe. Acordo e quero te ver mas, você não está aqui do meu lado. Então levanto e vou me arrumar para o trabalho, e me olho no espelho esperando que ele reflita sua imagem e seu rosto angelical, mas tudo que vejo é a minha face ainda sonolenta. Visto-me buscando as suas roupas, mas tudo o que tenho é a velha veste de trabalho mal-cheirosa. Saio de casa e gostaria de ver você na porta a me esperar, e me dar aquele abraço e um beijo de esperança pra que eu volte o mais depressa possível, mas a essa hora você está a cochilar. Inconformado, pego o carro rapidamente vou a trabalhar, e torço para que o dia não passe devagar. E pra variar, um trânsito caótico tive que enfrentar, mas todo esse tempo perdido seria recompensado na volta ao lar. Depois de um bom tempo parado, enfiado no escritório devo ficar, mas entre um papel e outro, tenho a esperança de encontrar uma carta, ou no mínimo, um bilhete teu. O relógio anda à passos detalhistas, explorando cada casa de segundo, no desespero de te ver, procuro fotos suas, mas não tenho nada de você. Horas depois da eternidade, corro ao estacionamento, afobado quase não consigo dirigir, quero mesmo é correr o mais rápido possível aos seus braços, e depois de mais um tempo bastante longo, dirigindo e buzinando, chego finalmente em casa. Procuro por ti em todos os cômodos, seu corpo bronzeado… Mas não te vejo em lugar nenhum. Quando caio em mim percebo que não namoro ninguém, e agora acordado, noto que foi tudo uma ilusão ruim.