A musa sem nome

Numa manhã de primavera,
dessas em que não esperamos
nada de especial,
eu te vi.

Não sabia seu nome,
nem onde morava,
com quem, e se namorava
mas, decidi, era minha amada.

Mas o que era eu perto
da senhorita?
um nada, era pouco.

Ouvi tanto de você,
é famosa por aqui,
importante…
E eu, eu sou um nada…

Mas um dia você aparece,
senta na cadeira do restaurante
e eu, com o coração palpitante,
vou lhe atender.

Sim o que deseja?
nada, só quero conversar.
Conversar?
Isso.

E assim ela abre um sorriso,
convidativo, para que eu
possa me sentar.

Como é pessoa importante,
ninguém foi ousado o bastante,
para nos incomodar.
E alí ficamos bons minutos
a trocar olhares matutos.

Mas apesar da conversa boa
você disse que a hora voa
e que devia ir,
porém, que não via a hora de vir
papear, e quem sabe até lanchar,
nesse restaurante-botequim.

Conto “Caso de bar”

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Parte 2 – Um nome e um mistério

Conte comigo

Eu não vou te deixar sozinho,
quando você sentir vazio
vou ser conselheiro da tua alma.

Quando se sentir perdido,
serei sua trilha, seu caminho.

E se em um poço você ficar,
corda pra te tirar de lá
vou me tornar.

Se cair, vou te levantar,
se você se machucar,
vou te curar.

Vou estar ao seu lado sempre,
sempre que necessitar pode chamar,
não sou super-herói
mas irei voando para te auxiliar.

Sinceramente…

Eu juro, não queria.
Nem sabia que você existia,
nem seu nome eu reconhecia.

Mas quando em você eu esbarrei,
naquele dia eu reparei,
que era tolo mandar no coração
foi tamanha a emoção…

Mas como somos amigos
e fomos nos aproximando
eu precisava dizer a verdade
mesmo que isso a desrespeitasse.

Fui sincero em nome da amizade,
é por você que meu coração bate,
é essa a minha realidade.

Se você não quiser me aceitar, entendo…

Desculpe, precisava contar,
tinha que falar,
isso já estava me corroendo…