Eu não quero voltar
nem para os seus braços,
nem para as suas delicadezas,
nem para aquelas miudezas,
coisas de uma boca pequena
Eu não quero voltar
nem para o seu colo
nem para os seus olhos,
nem para os seus desejos
coisas de um semblante prisão
Eu não quero voltar
nem para as nossas conversas
nem para os nossos planos
nem tão pouco para os sonhos
coisas de um casal apaixonado
Eu não quero voltar
nem para a solidão do par
nem para qualquer ato conjunto
nem para o seu controle imundo
coisas de perseguição
Eu não quero voltar
vou deixar a janela aberta
sem os pássaros eu não vivo
sem o cheiro das rosas não dá
coisas de um dia lindo
Eu não quero voltar sem mim
para viver outro nós, é melhor;
cada um de nós viver só,
só sorrindo