Aqui é a sua casa, volte sempre
para a casa do poeta, poeme-se na hora certa
com meus versos rasos, flacidez da vida
versos esses, os meus, desafiadores…
Afiadores, suas dores têm reciclagem,
podem ser transformadas em paisagem…
Suas rugas, marcas profundas das experiências,
ah, paciência com os sulcos, beberam muito, muito
do pouco, do jogo rápido dos dias que passam
para todo mundo
Ah, os meus versos raros fazem você
lembrar de fatos, raros retalhos de memória,
agora, poeme-se, poeme-se eternamente…
Mergulhe fundo…
Afogue-se na dor de outrora
que deixou saudade e foi embora…
O que foi dolorido já não machuca a alma,
não está murcha, mas agradecida por ter vivido
os revezes da poesia também que se verbalizará….
Poetou-se, poeta-se, poesiará…