Digno de sorte

Por isso vale perder noites de sono,
não só pelo fato do poema construído
pela memória que vem me consumindo,
pelo que eu descubro de mim em silêncio
quase que reflexivo, ioga do espírito

Por isso vale a pena perder noites,
porque eu sinto meu corpo transcender
os meus próprios planos, sinto a matéria,
o corpo se elevando, eu me esquivando
da verdade do sonho que vejo em frente.

Sinto por você paixão crescente,
alucinante, delirando, naquilo,
você é tudo aquilo que eu venho sonhando
e agora está diante de mim, mesmo que distante

Mesmo que seu corpo e sua mente estejam viajando,
seu corpo é real e tocante, é próximo, material vibrante,
você existente quebrou meu coração resistente
para um novo momento-poema, antes eu era digno de pena
hoje sou digno de sorte.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.