A recaída

Eu estou aqui jogada no sofá
porque não há ninguém pra me amar
então eu deixo a melancolia entrar
e me bater, arrebentar.

Deixo que me jogue na cama
e que eu fique chamando
pelo nome do homem
que não me ama.

E na cama, maldita,
és outra, bandida,
oferecida, se vendeu,
e você à comprou.

Canalha, tô aqui sofrendo,
querendo você do meu lado,
bebendo, depressiva,
caí em goles e mais goles
de bebida alcoólica difundida
entre o coração doente
e essa mente demente
que não percebeu a falha
que cometeu.

Deixei você vulnerável,
me afastei, e hoje quem
está longe é você.

E eu, como fico,
tô sem ninguém,
sem amigo,
sem família,
correndo o risco
de esquecer como se ama
porque enquanto tiver
seu cheiro na cama,
vai ser por seu nome
que vou gemer
até que um dia
eu consiga te esquecer.

O vício de amar

Eu não vou, não quero e não posso chorar por você.
Jurei a mim mesmo que não faria mais isso,
que não cairia mais nesse vício.
Eu falei que não posso e não vou,
e não vou mesmo!

Nem olhe pra mim
eu não vou suportar à tentação,
queis você com moderação
mas não houve colaboração.

Você foi se servindo, se oferecendo
e querendo, e eu, eu bebendo
o âmago dessa relação.
Você, canalha, brindando e brincando,
e me chamando pra mais uma rodada.

Quando nos vimos, caimos na alucinação
e o pior maldita, é que você sabia,
e como sabia, que era minha maior tentação.
Tinha certeza da minha fraqueza
mas mesmo assim não negava
em me mostrar sua beleza.

Só que um dia resolvi,
não queria nem esse cheiro
porque até isso me embrigava
de tal jeito que não consigo nem falar.

Resolvi fugir, sair, sumir,
fui pra outras cidades,
procurar novos olhares pra me fazer feliz…
Mas não adiantou, sabe
fui me perdendo outra vez
sofrendo outra vez, e mais uma, e outra…
Foi assim que percebi que eu tinha um vício mesmo:
Amar demais, esquecendo de me valorizar uma vez mais.

Esse é o resultado de um tolo apaixonado no fundo do poço,
pegando a foto no bolso da mulher amada,
secando as lágrimas correntes com calma,
recordando os bons momentos que se passaram,
e hoje se calaram, porque foi notado
que existia um otário apaixonado
por uma mal-caráter que sugou
tudo o que sobrara e partiu.

É por isso que jurei que não vou,
não quero e não posso amar mais ninguém.
Já sofri demais e não há mais nada em mim para se assaltar,
Apenas um diamante vermelho quebrado que não tem mais valor algum.

O esquecido

Ouça o ódio que eu canto
veja o terror em cada canto
eu não vou te dar descanso
quero que derrame sangue seu
que jorre terror no breu
e que você trema de medo se possuir algo meu.

Não ouse me encarar nos olhos
se não quiser perder seus sonhos
porque no fundo da minha alma
não tem nenhuma criança sorrindo
há apenas um homem triste e sofrido.

Não venha tentar me amar
eu já fui jogado às trevas
nem tente me resgatar
porque é aqui que eu quero ficar.

Não me venha com desculpas
eu não escolhi esse caminho
mas você me deixou sozinho
quando eu mais precisei de carinho.

Agora que não tem mais jeito
eu vou morrendo aos poucos
vou ficando cada dia mais ansioso
pelo dia da morte solitária
já que não existe mais ninguém
que me amarra a essa vida amarga.

Basta desse mundo covarde

Cortarei os pulsos da minha alma
trarei paz ao espiríto desse jeito
já que não encontro as soluções que busco,
já que esse mundo é absurdo,
não viverei mais aqui.
Partirei.
Para outro plano mais calmo e menos perturbado,
me elevarei.
Deixarei a carne, o corpo, a mente deficiente de respostas.
Buscarei na nova oportunidade, responder a todas as dúvidas e angústias.
Talvez eu seja fraco
de partir assim sem luta
mas o tormento é grande
é tanto ódio,
tanto rancor,
ninguém da mais valor à vida
ninguém vê que certas coisas tem valor.
Não suporto mais,
é muito pra mim.
É duro viver morrendo aos poucos.
Prefiro suicídio a sofrer e correr perigo
com o desequilíbrio desse mundo cruel,
covarde e frio.

Um anjo

O poema que você vai ler agora, é uma viagem ao trágico acidente das torres gêmeas em Nova York, um personagem fictício nos conta como foi uma das maiores tragédias de um país desenvolvido:

Salvo por um ato de coragem,
por uma pessoa que não me conhecia
e mesmo assim não hesitou em se arriscar por mim.
Era 11 de setembro, um prédio em chamas,
eu ali, trabalhando, quando vi que tudo estremeceu.
Um avião colidiu com o meu escritório
e muita gente desesperada correu.
O prédio abriu-se no meio,
como uma folha de papel rasgada no meio por uma caneta.
Todo mundo gritou quando o avião tudo quebrou.

Foi uma coisa horrível de se vê,
gente correndo, gritando,
clamando para sair desse pesadelo.

Muita gente se jogou de uma altura absurda, eu congelada,
não sabia o que fazer.
Fiquei parada, imóvel,
não conseguia pensar em nada.

O mundo apagou,
alguma coisa me acertou,
acordei dias depois após um coma profundo.

Disseram-me assim que levantei,
que consegui ser encontrada a tempo de ser salva,
que estava embaixo dos destroços inconsciente,
mas que um bombeiro conseguiu me salvar.

Muitos dias no hospital fizeram com que eu me recuperasse…
Mas antes de sai o anjo que me salvou veio me visitar, talvez,
para ver se seu trabalho estava acabado.

Saudade de você

Monitoro minha conduta perto de você,
tento calar os meus impulsos, mas não consigo em certos momentos.
Tem vezes que o que me falta é pular nos seu braços,
mas isso infelizmente não é mais permitido.
Não é mais permito ter o seu carinho,
ver o seu rostinho, nem nada.
Estou longe de casa, sozinho,
por fora me faço de forte para que não notem o meu desespero,
mas por dentro estou morrendo de medo.
Medo de um mundo que não conheço,
sombrio, vazio, sem ninguém por perto,
sem ninguém amigo.
Pior que não posso voltar,
fui mandado para esse lugar e não posso mais retornar.
Deportado.
Agora só me basta sonhar com os momentos felizes que passei junto com você,
porque por aqui começará a fase do sofrer.

Bicho de sete cabeças

Eu não sou o que pensam que sou.
Dizem que sou doidão, mas esse lugar não é pra mim.
aqui fazem coisas que você não vai acreditar,
dizem que é parte de um tratamento, mas na verdade estão me enlouquecendo.
Eu não preciso de tratamento,
não preciso de drogas para me livrar das drogas.
Não devia nem estar aqui, eu sou normal.
Fico meio lerdo às vezes, mas não sou um viciado.
Quero sair daqui!
Esse lugar não é pra mim!
Tirem-me daqui!
Aqui tratam a gente como um animal e lá fora dizem que estou desenvolvendo,
não tem nada disso, é tudo mentira, mas tem gente que acredita.
Quero ver alguém enfrentar esse sufoco,
entrar e tentar ficar pelo menos um dia.
Isso aqui é mesmo pra louco, mas doido é o que eu não sou.

“Não tem dó no peito, não tem outro jeito,
não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça,
não foi nada, eu não fiz nada disso e você fez um bicho de sete cabeças…”

*Baseado no filme “O bicho de 7 cabeças*

Brasil, medalha de ouro em tragédias aéreas

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Pensam que somos babacas,
que não sabemos de nada do que está acontecendo,
é absurdo o que os homens de colarinho estão fazendo.

Brincam com várias vidas e fingem que está tudo bem,
acidentes graves são as provas que precisávamos
para ter certeza
que os homens das mesas que gerenciam esse país não fazem absolutamente nada.

Sabemos das crises e apagões,
só não vemos o que eles estão fazendo
para melhorar a situação.
Cadê nossos impostos que não são investidos?
Tem gente em terra, céu e mar
correndo grande perigo.
Quantas famílias ainda terão que sofrer,
quantas almas ainda teremos que perder,
para que nosso presidente pare de criar lutos,
comece a ordenar a esses corruptos,
para que comecem a se mexer?
Vamos parar de roubar,
pelo povo trabalhar,
chega de improvisar,
NÓS QUEREMOS É COM SEGURANÇA VOAR!

Seu erro

Uma dor enorme invade o meu peito nesse momento
e para não sofrer eu venho mais uma vez a escrever
para tentar amenizar a dor que é perder você.
Você que me ajudou e me acolheu com precisei
e que aconselhou quando o seu nome invoquei.
Mas um simples e doloroso momento pois tudo a perder,
Você me tirou da sua vida antes que eu pudesse me esclarecer.
Mas não vou suplicar que volte a me ver,
Você machucou minha alma e não merece que eu volte a lhe doar parte do meu ser.
Mas mesmo que eu tente me esconder de você não conseguirei te esquecer
porque tive bons momentos dos quais não vou esquecer.

Procurando meu verdadeiro ser

A paz que eu busco hoje em dia não encontro em você,
no seu sentimento por mim e nem nas declarações de amor.
Não encontro paz no seu ombro amigo, no seu soriso bonito
e no seu mais profundo ato de carinho.
O problema não é você e sim comigo…
Na minha alma não me encontrei,
vasculho todo o meu ser procurando meu verdadeiro eu
e esse problema você não pode resolver,
preciso me encontrar pra depois querer você.
Não se sinta triste porque acabei com você porque quando me achar
voltarei a procurar você.

Saw

Estava no escritório,
o horário de trabalho acabou.
Peguei meu carro
e pra casa corri,
pensei em tomar um banho,
e para festa ir.

Mas ainda estava no carro,
um trânsito de stressar.
Estava louco para ir a ta festa,
e na cerveja me acabar.

Era mais uma dessas sextas,
daquelas de se animar,
mas estrageui meus planos,
quando em casa fui parar.

Na garagem coloquei o carro
e logo percebi, havia algo errado.
Mas só fui descobri quando a porta da frente abri.

Chocado fiquei quando olhei para sala e vi,
havia um corpo estirado ali,
ensagüentado estava,
e a cada passo que eu dava,
não entemdia mais nada.

Cheguei próximo ao corpo e percebi
que morto o cara estava.
Nunca tinha visto tal pessoa,
e logo de cara não consegui deduzir,
o que aquele cadáver fazia ali.

Foi um assassinato o que fizeram,
e colocaram o cara lá em casa,
eu só não sabia em que tudo aquilo daria.

Procurei alguém nos outros cômodos da casa,
mas nada,
voltei a sala para procurar algo que tivesse algum valor.
Achei um toca-fitas no paletó do cara,
mas a fita que colocaria dentro,
não fazia idéia de onde estava.

Vasculhei todos os cômodos
e cansado estava,
eu só queria curtir uma balada,
mas não consegui.
Depois disso tudo, cada vez mais atordoado eu me encontrava.

Pensei em desistir,
em fingir que tudo não passava de um pesadelo,
mas algo me fez pensar no carro que acabei de guiar.

Rapidamente para garagem em fui,
vasculhei o veículo e nada encontrava,
foi quando percebi,
que aquilo que procurava,
só poderia estar no porta-mala.

Abri rapidamente
e achei a fita,
coloquei no aparelho,
e ao ouvir algo eu aguardava.

De repente ouvi uma voz meio louca,
ele disse que gente inocente morria
no jogo que ele fazia.

Eu era um jogador de uma dessas etapas,
fiquei surpreso ao saber,
que se não passasse,
minha vida por ali acabava.

Havia em meu corpo um veneno,
e se caso eu perdesse,
ele seria desparado a qualquer momvento.

Para não morrer acabei cedendo ao jogo,
comecei a seguir as instruções daquele louco.

Ele dizia naquela voz nojenta
que o cara, na sala, não completou a missão,
e acabou agonizando no chão.

A pessoa disse que se eu quisesse viver,
tinha que pegar uma faca e o difunto cortar.

Fiquei chocado com aquilo,
mas não tinha outra opção,
era a minha vida que estava nas minhas mãos.

Fui para a cozinha
amolar o facão.
Enfiei bem no meio do coração
do cadáver atirado no chão.

Fui rasgando o seu corpo até achar um vidrinho,
o antídoto ali estava,
só tinha que pegar devagarzinho.

Agarrei aquele vidro
bem rapidinho,
curado estava,
o pesadelo acabava.

Achei outra fita no estômago do cara,
o maluco parabéns me dava pela fase completada.
Disse ainda:
Aguarde a segunda chamada,
sua missão não acaba aqui.
Tenho algo pendente ainda com você.
Vamos resolver isso numa segunda temporada.

*Baseado no filme “Jogos Mortais”

A última carta de amor

Mais uma vez venho aqui
te passar o que sinto,
você cansada deve estar,
de ler os meus escritos.

Tem gente que gosta,
e eu não sei porque,
deve ser porque faço com prazer.

Mas se um dia cansar de ler
eu vou perceber,
porque indiferente comigo você ficará,
e não tente negar,
porque sentirei seu elogio sumir,
seu aplauso diminuir,
até que festa com a minha chegada você não mais fará.

Então venha e me conte a verdade,
porque cedo ou tarde, descobrirei
que essas cartas de amor que eu te mando,
de nada adiantou,
pois já deve ter outro em meu lugar
e enganado não mais serei,
já cansei,
essa é a última carta de amor
que envio pra você.
Até outro dia querida,
talvez quando você perceber meu valor,
eu volte pra mais perto de você.

Começo do fim?

Eu vejo horror,
tensão e a emoção a flor da pele.
Vejo desordem entre as naçôes.
Sim, num futuro próximo vejo destruição.
Casa sendo derrubada por furacão.
Vejo temporais e muita água até cair,
mas ela não é a favor,
destrói, mata,
derruba, acaba com o sonho de vários anos de batalha.
Vejo toda essa água que cai,
não servir pra nada e
pessoas implorando por um copo d’água,
não suja, mas sim, tratada.
Acompanho calamidades públicas
e gente passando fome.
Dinheiro não servirá mais pra nada
e todo o tempo em que pensavam em juntar,
pra mais rico ficar,
será envão,pra nada servirá.
Pra tudo isso não acontecer
temos que fazer algo hoje
porque amanhã, tarde demais será
vidas serão perdidas,
e o planeta muito não durará,
se algo não for feito já!

O dia que o mundo parou

Um pequeno e curto momento,
poucos segundos que acarretaram
em grande sofrimento.
Pessoas trabalhavam calmamente
quando o ato de loucura de alguém
matou gente inocente.
Desespero e gente que não soube como proceder.
Jornais, rádios e tv
noticiavam um dos principais momentos
de um país que já calou várias nações.
Vidas se foram, muitas famílias sofreram,
e ainda tem gente calculando os prejuízos do mundo inteiro.