O vício de amar

Eu não vou, não quero e não posso chorar por você.
Jurei a mim mesmo que não faria mais isso,
que não cairia mais nesse vício.
Eu falei que não posso e não vou,
e não vou mesmo!

Nem olhe pra mim
eu não vou suportar à tentação,
queis você com moderação
mas não houve colaboração.

Você foi se servindo, se oferecendo
e querendo, e eu, eu bebendo
o âmago dessa relação.
Você, canalha, brindando e brincando,
e me chamando pra mais uma rodada.

Quando nos vimos, caimos na alucinação
e o pior maldita, é que você sabia,
e como sabia, que era minha maior tentação.
Tinha certeza da minha fraqueza
mas mesmo assim não negava
em me mostrar sua beleza.

Só que um dia resolvi,
não queria nem esse cheiro
porque até isso me embrigava
de tal jeito que não consigo nem falar.

Resolvi fugir, sair, sumir,
fui pra outras cidades,
procurar novos olhares pra me fazer feliz…
Mas não adiantou, sabe
fui me perdendo outra vez
sofrendo outra vez, e mais uma, e outra…
Foi assim que percebi que eu tinha um vício mesmo:
Amar demais, esquecendo de me valorizar uma vez mais.

Esse é o resultado de um tolo apaixonado no fundo do poço,
pegando a foto no bolso da mulher amada,
secando as lágrimas correntes com calma,
recordando os bons momentos que se passaram,
e hoje se calaram, porque foi notado
que existia um otário apaixonado
por uma mal-caráter que sugou
tudo o que sobrara e partiu.

É por isso que jurei que não vou,
não quero e não posso amar mais ninguém.
Já sofri demais e não há mais nada em mim para se assaltar,
Apenas um diamante vermelho quebrado que não tem mais valor algum.

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