Lançamento

Hoje anoiteci com vontade de lançar um livro.
Eu sei que para o autor é complicado.
No presente lanço o meu eu do passado a um futuro incerto.

Aqui está a grande questão.
Lançamentos são pegadinhas do tempo.

O que me vale mesmo é render homenagens,
hora de reunir pessoas especiais
para declarar tudo o que vem antes das palavras

Os versos não são nada sem as pessoas,
mesmo que elas não se deem conta disso.
em momento algum.

Vejo diante de mim amigos queridos,
pessoas que mereciam este lugar,
este meu momento de destaque também.

Porque eu preciso de cada semente
de sentimento para mostrar aqui, nesse momento,
o valor de cada um, de cada um, de cada um!

Vou falar o que me der na telha,
sabendo que hoje não merecerei puxão de orelha,
por nenhum descuido com essa tal Portuguesa
companheira antiga de cada um de nós

E direi com liberdade, com isenção poética,
daquele que mesmo sendo lapidado na própria língua
não se deixa domar por qualquer rima mais simples

E nem tão pouco vai elevar o vocabulário
para demonstrar que este operário aprendeu alguma coisa,
não preciso de exibição, não.

Aqui fica apenas a constatação do ser,
puro e simples, ser oportuno do que cria,
e não escravo da criação

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