Para Flávia Marques, colega de classe do curso de Licenciatura em Letras/Literaturas do Instituto Federal Fluminense, primeiro semestre.
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Há em mim uma semente
germinando latente
querendo você
Há em mim qualquer
tentativa de acolhida
corrida das palavras…
Em versos arrumadas,
sem querer parecerem vagas,
oh, ou, pobres-coitadas!
Na palma da mão, o beijo;
Da delicadeza do desejo
de quem ainda cumprimenta
damas da realeza…
Ainda que você não se dê conta
– tem que se dar conta –
da sua beleza!
E não recorra a nenhum conto,
nem mascare seus desencantos
com maestria, que mesmo assim
eu lhe respondo sem falsa companhia
Mesmo que você se finja de ponto,
vou fazer de você mais outros dois pontos
sem querer explicar nada, contínuos
Continuo contigo propondo
enquanto você se vê finalizando,
eu, apenas reconheço recomeços,
voos longos sem máscaras à aparência
Pareço quem sabe louco, que me diga,
não me importo, oportuno é deixar claro…
O que é claro como o vidro dos meus óculos:
Sua beleza que enxergo, sem exageiro dos quatro olhos