Sei que insisto
quando digo
que gosto
de você
Sei que você sabe,
você sabe que eu sei,
que eu não menti
Sei, meu bem,
que eu faço
mais do que falo
Sei que eu não preciso,
mas insisto em dizer,
gosto do gosto
de gostar de você
Sei, muito bem,
o quanto, meu bem,
eu confundi tudo
muitas vezes
Sei que as minhas palavras
confundem sua mente, vencem;
mas essas aqui são só para confirmar
eu gosto do gostar de você
Eu sei, de fato, que vou continuar gostando
no gerúndio que ainda move
o verbo do carinho, adjetivando
você, querido, merecedor
do merecido carinho
sabido
Parece redundância
esse poema sabido,
mas cá entre nós dois,
sei que você sabe:
A amizade precisa ser renovada
nessas sabidas palavras ditas
espontâneas na primeira vez
e que se repetem, remetem, repetem:
Eu sei que você sabe
que eu gosto de você,
e sei que eu sei,
você gosta de mim
mesmo sem motivo
sei, sem dúvida.
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Para o amigo Ronaldo Costa